Eu joguei futebol até os 11 anos. Sou única menina numa família de 4 filhos. Parei porque começaram a vir pensamentos de pré-adolescente interiorana e eu, morando no interior de Minas, comecei a pensar no que os meninos (outros, além de meus irmãos, primos e amigos que jogavam comigo) iam pensar de uma menina jogando futebol na praça. 🤦🏻♀️ Eu não era nenhuma Marta (uma das melhores jogadoras de futebol no mundo atualmente), nunca fui uma maravilha em esportes coletivos, e na real, por muito tempo eu me achava uma maravilha em quase nada (basicamente era muito boa em matérias da escola que tinham nota. Nunca fui numa aula de educação física até fazer 16 anos), mas o que me fez parar mesmo foi essa bobagem. Um limite besta que eu criei. Dois, se pensarmos que duvidar da minha capacidade de me tornar uma boa jogadora também é um limite.
Minha família tinha muito isso de “o que os outros vão pensar?”.
Hoje eu não quero nem saber do que os outros vão pensar, mas acho que essa mentalidade pode bloquear o talento de muitas meninas no futebol, e outros esportes e profissões consideradas masculinas. Talvez quem tem vontade mesmo supere essas barreiras, mas uma dose de referência faz bem. E neste blog você poderá encontrar várias referências de atividades e escolhas pouco comuns.
Nycka, the nomad
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