Meu pai faleceu em 2004. E por N experiências, hoje acolho aqueles que não se sentem amados pelos pais, mães e outros familiares e dizem o que pensam em vez de repetir frases prontas da boca pra fora. Acolho no sentido de achar que tais pessoas estão no seu direito de falar para esses familiares o que sentem, buscando uma solução. Acho que é perfeitamente válido e até necessário deixar de dizer “parabéns” ou feliz dia dos pais” quando o pai não faz de cada encontro uma alegria, de cada dia juntos uma experiência de amor. Acolho porque sei o que é essa pressão e acho que vale a pena lutar pelo que nos faz feliz e principalmente lutar para sermos respeitados.
Alguns pais acham que os filhos têm de corresponder à s expectativas deles e obedecê-los. A sociedade também pressiona para que filhos amem seus pais e tal. Eu creio que a gente aprende a se relacionar com alguém através do diálogo. E isso é para todo tipo de relacionamento. Só com diálogos podemos expor nossas expectativas e o outro pode escolher se quer ou não satisfazê-las. E vice versa. Creio que não existe respeito real na obediência cega ou forçada. Será possÃvel alguém respeitar o outro sem respeitar a si mesmo?
Meu pai sempre quis que eu fosse médica. Eu nunca gostei de hospitais. E ele respeitou quando optei por seguir o caminho da comunicação, e me apoiou, me dando meu primeiro celular para eu poder trabalhar de forma autônoma. E cá estou eu, com um (outro) celular em mãos, com o Thor, meu filhote de quatro patas, no meu colo, comunicando-me com você. E eu levei mais de uma hora para concluir um texto tão curto e simples porque gosto de passar um tempo de qualidade com ele, de demonstrar meu amor, sem negligenciar minha meta de publicar este texto no dia dos pais.
Nycka, the nomad
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