Vivi em 4 cidades até o momento e hoje vou falar alguns pontos interessantes sobre cada uma delas.
Nasci em Montes Claros, no estado brasileiro de Minas Gerais. Não é uma cidade turística, mas recebe alguns vôos comerciais de Belo Horizonte, o que significa que se você sai de outro estado tem de fazer conexão em BH pra chegar lá. Também tem o transporte rodoviário. Mas as estradas são terríveis. Nunca fui pra lá de avião, então não sei dizer qual é a melhor opção. Se você for ou se já foi, me conte!
Em Montes Claros mesmo, as baladas e restaurantes costumam se concentrar na chamada “avenida sanitária”. Ultimamente parece que tem surgido alguns bons restaurantes fora desse pequeno trecho da avenida deputado Esteves Rodrigues (que tem o apelido feio que mencionei acima).
A cidade atualmente tem 2 shoppings. Que eu me lembre tem 2 parques (parque municipal e o parque Sapucaia).
O povo é muito hospitaleiro e os sites de hotéis locais são terríveis. Da última vez que fui lá eu me hospedei na casa duma moça estudante de medicina pelo Couchsurfing e adorei a experiência. Fizemos até um encontro dos poucos membros do Couchsurfing da cidade no shopping!
O prato mais típico da culinária local é o arroz com pequi e carne de sol. Carne de sol de Montes Claros NÃO é o que gaúchos chamam de charque. A carne de sol é também servida como petisco, em cubinhos fritos, muitas vezes acompanhada de mandioca, nos bares da avenida. Na cidade também é possível achar licor de pequi, óleo de pequi, etc. O óleo ajuda a dar um gosto de pequi no arroz pra nós que moramos longe. Me mandaram um uma vez, mas ele “congelou” em Curitiba em temperatura ambiente de verão, fora da geladeira. 😂😂😂😂 Eu tinha de deixar a garrafa no sol todo dia pra usar um nadinha que derretia.
Um lugar bem bonito de ir também é a lagoa da Pampulha, que fica no caminho entre o aeroporto e o centro da cidade.
E se você tiver bons contatos ou alugar um carro, passeios pelas fazendas da região podem render fotos belíssimas. Eu, particularmente, amo as imagens do cerrado. Claro que é lindo ver vegetação verdinha como aqui no sul, mas a paisagem do cerrado é única.
A arquitetura local também me encanta. A catedral é uma igreja belíssima. As casas mais antigas no centro, nas proximidades da igreja matriz, na rua João Pinheiro, onde minha avó paterna morou por muitos anos, rua bocaiúva… e pra dar um contraste, um passeio pelos bairros São Luiz, Melo e Todos os Santos (eu incluiria o Ibituruna também, se tiver ânimo), com casas mais modernas e algumas belíssimas.
Uberlândia, por sua vez, está mais acostumada com turismo de negócios. A cidade é melhor estruturada para receber turistas e recebe mais vôos comerciais diariamente. A estrada que liga a cidade a São Paulo também é bem decente, de modo que chegar por via terrestre é relativamente tranquilo.
Na gastronomia o que mais me chama atenção em Uberlândia são as pamonhas. Em Montes Claros eu só conhecia pamonhas doces e sem recheio. Em Uberlândia e em todo o triângulo mineiro, até Patos de Minas, tem pamonhas salgadas e recheadas com queijo, calabresa e mais o que a criatividade mandar. 😋
Nos tempos da faculdade os lugares interessantes de sair pra balada estavam no centro e era bem seguro andar pelo centro. Morei perto do terminal central e algumas vezes voltei da balada, no outro extremo do centro, a pé com minhas amigas e era bastante seguro. Não posso garantir que continua assim. Lá se vão vinte anos.
”No meu tempo” a cidade só tinha um shopping que dê pra chamar de shopping: o Center Shopping.
E tem o parque do Sabiá (que eu nunca fui). E restaurantes/bares tem alguns bons em vários pontos da cidade.
O sistema de transporte público da cidade é integrado e é melhor que o de Curitiba, principalmente por ter um terminal central e pela forma que o terminal central funciona (você pode deixar o terminal por até meia hora sem pagar outra passagem). Não sei se vale o mesmo nos outros terminais da cidade.
Porto Alegre é uma cidade que não recomendo visitar no verão. Nem os porto-alegrenses ficam na capital em janeiro. Vão todos pro litoral porque a cidade fica insuportável de quente! Eu recomendaria fugir para a serra gaúcha no verão. Pouca gente, porque é fora de temporada, e uma temperatura super agradável. Mas é uma cidade muito bonita, com parques que valem a visita como o Parcão e o parque da Redenção (vá neste num domingo, dia de brique. Fica cheio de gente pelo parque e tem barraquinhas de artesanato e de comida na rua em frente ao arco). O churrasco gaúcho é muito famoso. Eu não sou super de carne bovina, então minha opinião a respeito não conta tanto, mas ruim não é. Na região tem também os galetos. Eu não sei explicar isso, nunca comi. Minha experiência gastronômica em Porto foi de comer filés de um restaurante muito bom perto de casa, acarajés no brique, e pizzas. No mais, geralmente eu fazia comida em casa.
Ver o pôr do sol no gasômetro é obrigatório. Também na região central tem a casa de cultura Mario Quintana, o mercado municipal e a “rua mais bonita do mundo” (rua Gonçalo de Carvalho), no bairro Independência.
As regiões mais “turísticas” da cidade, creio, são duas. A Cidade Baixa, que tem muitos bares e o famoso bar Opinião, onde, “no meu tempo” aconteciam todos os shows internacionais de metal, menos o festival Live’n’louder, que foi no Gigantinho. O bairro também fica bem perto dos estádios do Grêmio e do Inter. O perfil dos bares locais é bem boteco pra estudante, boteco “pé sujo” e alguns bares mais alternativos. E tem a outra região, pra quem quer uma coisa mais burguesinha, que é a região do bairro Moinhos de Vento, onde está a maioria dos bons hotéis e bons restaurantes na capital. Cada um dos 2 parques que mencionei fica nas vizinhanças de um desses bairros.
Em Curitiba, dá pra pegar o ônibus turismo e visitar os principais pontos turísticos da cidade. Dos pontos no roteiro do ônibus turismo meus preferidos são o parque barigui, a torre do mirante (torre da Oi) que fica ali pertinho e tem uma vista linda da cidade e o jardim botânico.
Um ponto bonitinho e que vale a visita fora da rota do ônibus turismo é a praça do Japão. E vale também passear pelo largo da ordem, onde tinha uma feirinha de artesanato no domingo de manhã. Inclua também um passeio pelos museus, como o museu Oscar Niemeyer, conhecido como museu do olho; museu Guido Viaro e um museu vermelho que fica no início da rua Des. Wesphalen, no centro. Os dois últimos são sempre gratuitos. O Niemeyer é pago, mas tem um dia gratuito.
A maioria dos bons restaurantes estão nos bairros Batel, Água verde e Bigorrilho (também chamado Champagnat). A maioria dos hotéis bons estão no Batel. O prato típico da região é o barreado, uma carne cozida desfiada com farinha, muuuito sem graça (pro meu gosto, que prefiro comidas mais temperadas e ricas em sabores).
O sistema de transporte público é muito bom e integrado. Uma vez tentei visitar os principais pontos turísticos da cidade pegando ônibus normal, mas não recomendo, pois em um dos trechos tivemos de pegar um “Interbairros” que deu uma volta imensa pra chegar onde queríamos.
Nycka, the Nomad
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