Cada lugar acompanha as tendências de moda em um ritmo. Eu não espero encontrar em uma cidade pequena pessoas audaciosas que usam roupas exclusivas de estilistas que criam coleções super autorais, embora eu fosse uma pessoa assim em minha cidade natal. E como existe essa diferença de ritmos e também as diferenças climáticas e culturais, nem sempre o que você veste onde você vive atualmente será interessante em seu próximo destino.
Então é uma vantagem que você tenha a mente aberta para permitir que seu estilo evolua independentemente das circunstâncias e do lugar onde for morar. Você pode escolher adaptar-se totalmente, e matar parte de sua individualidade, ou criar condições para que o estilo evolua.
Duas boas referências para isso são os filmes “O diabo veste Prada” e “A vingança está na moda”. Ambos inspirados em livros, mas aqui a referência visual do cinema é importante. A diferença de atitude das personagens também é crucial.
No caso do primeiro filme, a personagem Andrea foi forçada a mudar seu estilo (digo, sua total falta de estilo) para adaptar-se ao dress code da empresa onde encontrou um trabalho. No entanto, ela nunca aceitou aquele estilo. Ela era jeca e mal vestida, e não queria mudar ou aproveitar a oportunidade para melhorar em todos os sentidos. Se você viu o filme, sabe o que ela fez no fim que comprova essa resistência a melhorar ou falta de preparo para melhorar tanto de forma genuína.
O jeito de uma pessoa se vestir não define seu talento como profissional, mas negar uma oportunidade de evolução que inclui uma mudança de estilo para muito melhor diz muito sobre como a pessoa encara a vida. Nunca encontrei alguém que tenha visto o filme e achasse a aparência da Andrea no começo do filme inspiradora. Porque simplesmente não é.
O segundo filme a personagem Tilly evoluiu durante suas viagens pelo mundo, e o choque visual e cultural quando ela retorna à sua cidade natal foi grande. Aquele não era seu lugar, ainda que tivesse nascido na cidade. E como ela elevou seus padrões voluntariamente quando saiu de lá, não aceitou fingir ser tão limitada quanto os moradores locais ao retornar. E gerou reações bem controversas. O filme é ótimo e o livro também.
Na vida existem muitos outros perfis diferentes no que tange à administração do estilo pessoal ligado à evolução pessoal e profissional, mas o perfil da Tilly é o de uma nômade cultural que usa as oportunidades para evoluir por dentro e por fora sem medo de grandes saltos. Um belo exemplo de como estilo pessoal e estilo de vida se entrelaçam.
Nycka, the Nomad
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