🇧🇷 Dicas para mudar para lugares de clima e cultura diferentes

Hoje vamos falar de como adaptar-se a lugares de climas e culturas diferentes. Se tiver interesse nesse tipo de dica de mudança, use o botão na barra lateral (visível no modo web) para me pagar um café no Ko-fi (http://ko-fi.com/nycka) e contribuir para eu continuar fazendo meu trabalho aqui no blog.

Felizmente eu nasci no Brasil, um país de dimensões continentais e que a cultura muda de uma região para outra e até de uma cidade pra outra. Ainda não fui morar em outro país, mas não tenho problemas com diferenças climáticas e de cultura exatamente porque usufruí das opções de me adaptar a isso antes de sair do Brasil.

Morei em 4 cidades e 3 estados de características distintas em meu país e já falei algo sobre cada uma delas em vários textos anteriores.

Vou comentar das diferenças climáticas primeiro.

Na cidade onde nasci é raro chover e quando chove fica abafado. De bônus, se chove num sábado à noite muito pouca gente vai sair pra balada ou pra um bar. E geralmente o sábado é O dia de sair. Nos demais dias o movimento nos bares é muito menor e praticamente não existem festas. No inverno, com uns 23° C todo mundo está de casaco de lã ou de couro.

Fui para a segunda cidade e lá era mais fresquinho e chovia um pouco mais. Apenas uma vez peguei 2 graus à noite no inverno. Meu irmão mais novo estava lá na ocasião e quando viu na TV, depois de uma noite muito fria, que a próxima faria 2 graus ele pegou o primeiro ônibus de volta à minha cidade natal.

Na 3ª o inverno era mais frio como um todo, mas não me lembro de pegar temperaturas negativas. Por outro lado, o verão parecia mais quente que na cidade anterior e era mais incômodo que na minha cidade natal porque dava uma sensação de a gente estar grudando. Como se a gente ficasse constantemente suado. Na minha cidade natal essa sensação não existia, apesar das temperaturas no verão serem bem altas.

E aí cheguei à 4ª cidade, no final da primavera, e o verão é bem mais fresco, e o inverno um pouco mais frio. Mas de vez em quando o clima surta e faz um calor do djanho no meio do inverno, o que é horrível. O normal de verão aqui é vinte e poucos graus, se passa disso parece que a gente está no inferno. E não adianta eu ter nascido em um lugar quente feito o inferno porque acostumei com o frio. Não gosto da bipolaridade da cidade de fazer calor, frio, sol e chuva tudo no mesmo dia, mas do frio eu gosto. E quando chega nas temperaturas infernais chove! E quando chove, esfria. O que é exatamente o contrário de onde nasci, porque aqui chove muito. E como chove muito, a gente acostuma a não deixar de ir pra balada ou fazer qualquer coisa que dê vontade só porque está chovendo. Só não recomendo sair pra correr no parque em dia de chuva. E se precisar de sair de carro em dia de chuva vai pagar seus pecados bilhões de vezes, porque o trânsito aqui já é lento normalmente, porque quando o sinal (semáforo) abre, os motoristas ficam lixando as unhas e demoram pra tirar o carro do lugar. E na chuva fica ainda mais lento. Na minha cidade natal, um segundo antes do sinal abrir os carros já estão buzinando pra o da frente arrancar. Eu trabalhava no centro e uma vez minha professora de português foi lá na loja e ficou só uns minutos pra comprar umas coisas e no fim comentou comigo que não sabia como eu aguentava aquilo, que ela em poucos minutos estava doida pra ir embora por causa das buzinas na rua e eu lá o dia todo devia sofrer um bocado. Mas acho que a lerdeza do povo daqui me tira mais do sério. Uma vez, voltando de um shopping a trabalho, vim de táxi porque estava chovendo muito quando saí, e a chuva afinou no caminho, e faltando 3 quadras pra chegar em casa eu avisei o taxista que ia descer. Paguei a corrida e vim o resto a pé. E cheguei na esquina de casa antes do taxista que continuou preso no trânsito.

Então, minha dica se você quer ter um estilo de vida nômade é mudar de uma cidade ou país quente para um um pouco mais frio e depois pra outro mais frio ainda e assim por diante e vice versa, evitando sair de um calor tropical para um frio polar ou sair de um frio polar para um lugar de um calor tropical. Se preferir o modo salto radical, me conte o resultado. É sempre bom conhecer experiências diferentes.

Sobre as diferenças culturais, cada uma das 4 cidades tinha perfis bem diferentes, a ponto que na 3ª eu passei um ano saindo sozinha por total falta de companhia, por ser um povo bem fechado, e mesmo na faculdade não fiz grandes amizades que funcionassem fora da sala de aula, embora tenha tido um grupo fixo pra trabalhos em grupo. Mas quando achei “minha turma”, gente com um perfil parecido com o meu, nunca mais fiquei sozinha. E essa facilidade de sair sozinha veio de experiências na segunda cidade. E ajuda muito. Não sou de passar vontade por falta de companhia. Dias atrás vi um lembrete no Facebook que fez dez anos que fui a um show do Sonata Arctica em São Paulo. Sozinha. E foi ótimo! Já tinha ido a muitos outros shows sozinha. Também já tinha viajado outras vezes sozinha para shows. Esse foi o primeiro em São Paulo. Enfim, o que mais me ajudou foi me mudar sem pensar em voltar para onde vim, e a habilidade de me divertir sozinha. Se for analisar a fundo tem muito mais. Mas o muito mais são características minhas, e essas duas coisas são coisas que qualquer pessoa pode decidir e desenvolver e vai ajudar imensamente. No caso de mudança de país, pesquisar a cultura ajuda bastante a se preparar para o que pode enfrentar e até para decidir ir para um outro país onde você sinta alguma conexão com a cultura local. Eu não vejo muito sentido em ir para um país sem algum interesse cultural naquele lugar. E isso não significa querer que seja parecido com meu país de origem, mas sim ter um perfil que me estimule a estar ali e a realizar o que desejo, seja estudar, trabalhar, ambas as coisas ou qualquer outro motivo.

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