Continuando a falar do gasto de energia dos cães, que citamos no texto anterior sobre as vantagens dos passeios diários com seu cão, é importante conhecer as necessidades de cada raça e observá-los diariamente para perceber seus limites. A maioria dos cães mestiços, sem raça definida, no Brasil, têm um perfil de alta necessidade de exercÃcios e atividades fÃsicas, observável pelo focinho longo e afilado. Geralmente no site do Kennel Club do seu paÃs deve ter o padrão de cada raça, de caracterÃsticas fÃsicas e comportamentais. Sabendo esse padrão você evita de adquirir um animal com necessidades que você não está disposto a atender. No dia-a-dia você pode observar o comportamento do seu cão nos passeios e ao retornar para casa e ir regulando a duração dos passeios conforme os sinais que o animal dá.
Se não tem experiência com cães, vou compartilhar algumas experiências pessoais que podem ser úteis pra entender esses sinais, embora seja possÃvel que os sinais do seu cão sejam diferentes. Gosto muito de compartilhar minhas experiências com meus cães (e gatos) para tutores novatos aprenderem um pouco com elas. Se você quiser compartilhar suas experiências com os sinais que seu cão dá em relação ao gasto de energia e a passeios ou esclarecer dúvidas sobre o assunto, use os comentários. Para dúvidas, deixe sua contribuição financeira no nosso perfil no Ko-Fi.
Uma de minhas experiências foi com um poodle cinza de porte médio chamado Nick que tive quando estava com cerca de 20 anos. Eu gostava de passear com ele, e Montes Claros, onde eu morava nessa época é muito quente. Eu ia passear no fim da tarde, mas não era muito mais fresco do que passear ao meio-dia. E a cidade não é das mais arborizadas (já falei sobre Montes Claros em outros textos deste site). E o Nick era meu parceiro para longas caminhadas (uma hora, no máximo, mas pelo porte dele e pelo calor infernal da cidade, eram longas). Uma vez, pelo calor, ele deitou sob a sombra de uma árvore para descansar um pouco. Já estávamos no caminho de volta para casa. Naquela época eu não tinha muita noção de como cuidar bem de um cachorro porque ele era meu da boca pra fora, eu não sabia nada sobre vacinas. Castração e posse responsável foram coisas que descobri só muito depois, em 2004. E escrevendo um texto numa rede social nesta semana lembrei dessa situação e refleti que um tutor vivendo em Montes Claros ou qualquer cidade quente em qualquer lugar do mundo, deve levar água pro cachorro beber durante o passeio. E passear à noite, se possÃvel, para evitar queimar as patinhas do seu animal. Isso eu não fazia porque tanto a minha rua como a de baixo eram muito escuras à noite em trechos que eu tinha de percorrer nos passeios e, como falei, eu era bem ignorante ainda.
Outro caso de observar os limites do animal aconteceu com meu último cachorro até o momento. Era um lhasa-apso que adotei já adulto e já tinha informações sobre ser uma tutora responsável. Como ele era brigão com outros cães machos, à s vezes eu evitava as praças da vizinhança e ia passear por outros trajetos em horários que tinham muitos cães nas praças. E ele amava. Eu tinha de ter em mente que tÃnhamos um trajeto de volta sempre que nos aventurávamos em novos caminhos e sempre consegui manter um limite tolerável para ele. Os sinais que ele me dava após o passeio de que aquele foi um pouco longo demais ou que exigiu muito esforço eram beber muita água ao chegar (para saber isso você deve ter a noção de quanto o seu cão bebe normalmente), e deitar nas partes da casa com piso cerâmico, mais frias, com a barriga pra baixo, pra descansar (nunca tive piso aquecido no Brasil, até o momento). Nos dias normais ele deitava perto de mim, e nem sempre bebia água ao chegar (dependia também de quando ele bebeu água antes de sair).
Cães são muito parceiros do dono, então se o seu parou, respeite isso. Vejo tutores que não respeitam nem quando o cachorro para para cheirar árvores e postes e fazer xixi. É preciso uma dose de sensibilidade para ter um cachorro ou gato. Sensibilidade até maior que a necessária para ter um filho, pois um filho de 5 anos já se comunica com clareza indiscutÃvel sobre suas necessidades fisiológicas, medos, etc, ainda que alguns pais emocionalmente imaturos sejam negligentes em ouvir e respeitar as necessidades das crianças.
Este texto já está bem longo, em breve posto um texto com semelhanças e diferenças que percebo entre ter cães ou gatos e ter filhos.
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Nycka, the Nomad
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