🇧🇷 Mix de estilos

Voltei! Muita coisa acontecendo. Resolvi retomar um dos temas originais do blog, que é a arte, porque tem muita coisa acontecendo no meu universo musical e deu vontade de compartilhar.

Nesta semana o Apocalyptica lançou uma música nova chamada “Ei vaihtoehtoo” (que significa “sem escolhas” em português) com vocais de um cantor finlandês de hip hop chamado Paleface. A sonoridade me lembra mais rap, mas ao buscar na internet quem ele é a informação é que ele canta hip hop.

Eu ainda não digeri bem a música. Não tenho problemas com essa mistura de estilos, mas um conjunto de fatores tornou essa canção uma obra de apreciação difícil pra mim. Vamos falar disso.

A introdução da música é a introdução de “Bittersweet”. “Bittersweet” é uma baladinha que tem uma versão toda instrumental, sem vocais, que eu adoro; e uma com Ville Valo e Lauri Ylönen, vocalista do The Rasmus, ambos finlandeses, cantando em inglês. Não vou dizer que a introdução é exatamente igual porque fazem trinta anos que não estudo música (quero voltar a estudar agora em 2021). Mas soa idêntica. Aí de repente aparece um vocalista cantando rap! Em finlandês! É um choque. E entendo que é um choque maior pelo uso da introdução de “Bittersweet”. Se fosse uma música com um instrumental completamente novo seria mais fácil de digerir, de apreciar. O fato de usar como base uma música que cria uma expectativa de baladinha tornou a assimilação mais difícil.

O Apocalyptica não foi a primeira banda a misturar estilos e certamente não será a última. Pelo que conheço do trabalho da banda, embora eles tenham uma identificação com o metal, eles não se limitam no processo de composição pelo rótulo de banda de metal. Um exemplo é a canção “Hole in my soul”, que compartilhei um pedacinho da letra no meu Instagram dias atrás. Tem uma pegada meio jazz ou blues, passa longe de uma música comum de banda de metal. E é linda. Interpretação perfeita de Franky Perez!

Um exemplo de mistura de estilos que tem vários duetos assim gravados é a banda de rock holandesa Bløf. Eles cantam em holandês e, pelo que sei, são super famosos em seu país de origem. Mas tem músicas deles com a fadista portuguesa Cristina Branco (que tem uma voz maravilhosa); com o também português Fernando Lameirinhas; com Sabrina Starke, outra voz divina que normalmente canta folk, jazz, soul e R&B, entre outros. Com artistas que não têm o holandês como língua nativa normalmente a participação é feita na língua original do artista convidado. E os resultados que vi foram bons.

Outro exemplo que seguiu esse caminho de trazer artistas de outros estilos como convidados é a banda Within Temptation. Inclusive, no álbum Hydra, conta com a participação do rapper americano Xzibit na música “and we run”, que eu gosto muito, embora rap não seja minha praia.

Enfim, correr riscos faz parte do jogo. Às vezes a gente acerta, às vezes as coisas não têm o resultado que esperamos. Mas fazer o que acreditamos é importante.

Música tem sido um tema recorrente no meu Instagram, às vezes com algumas imagens antigas. O blog continua, e recomendo que você o siga e o inclua no seu leitor de feeds preferido para não perder nada.

Você ouviu alguma das músicas que mencionei neste texto? O que achou delas?


Nycka, the Nomad

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